sexta-feira, 9 de abril de 2010

Nossa arma mortal

"Assim também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas.Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selvas! (...) a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero."(Tg 3,5.8)


A paz do Senhor a todos.

Amigos e Irmãos,

Muitas coisas acontecem no nosso dia-a-dia, porém, nem a todas damos a devida atenção. Fazemos e falamos muito. Ao que fazemos, até damos atenção em momentos de reflexão, mas, e ao que falamos? Nos redimir do que fazemos até que parece,algumas vezes, ser fácil, mas e do que falamos? Invarialmente, contamos com a possibilidade do esquecimento, afinal, é mais fácil do que pedir perdão ou redimir do erro, do ato ou da fala, pelo reconhecimento e pela correção. A possibilidade de alguém nos ver corrigindo algo, nos leva ao medo de o que esta pessoa possa estar pensando sobre nós.

Ao refletir sobre nossos atos, o medo recai no fato de que muitas vezes falamos coisas que não percebemos e magoamos pessoas que, por ira, remorso ou qualquer outro motivo, não nos cobram o mal feito. Mas, e quanto não refletimos ou não percebemos que maltratamos ou ofendemos alguém com nossas palavras? Muito diriam que a justiça resolve todas as contendas e é fato, mas e a consciência? O mal do ser humano é querer resolver as coisas ou com violência ou com a justiça, humana. A Palavra de Deus nos alerta de que a vingança é dele: "não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que que retribuirei, diz o Senhor"(Rm 12,19), mas, infelizmente, só ouvimos, ou aceitamos, de Deus o que nos é de interesse, isso quando não "entendemos" a Palavra de forma a nos favorecer.

Muitos dizem ter muitos inimigos, outro alegam não os ter. A verdade é que todos temos um inimigo em potencial: nós mesmos. Claro que pensar antes de falar é mais fácil, porém, é justamente o que não fazemos. Na verdade, se deixássemos que Deus comandasse nossas vidas, nem precisaríamos pensar antes de falar, pois o Senhor há de frear as más intenções, bastando que seguíssemos suas Leis. A solução parece ser tão simples, mas, tão distante quando um sonho.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

A cruz nossa de cada dia

“Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo: Não és tú o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também. Respondeu-lhe, porém, o outro, repreendendo-o dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.”
Lc: 23,39-43

Este é um cenário muito conhecido de todos os cristãos. Jesus, em seus últimos momentos de vida terrena, na cruz, ladeado por dois malfeitores. É interessante como ambos, durante suas vidas, seguiram caminhos idênticos, mas, agora, na hora de suas mortes, tomam rumos diferentes. Enquanto um ainda se apegava à vida mundana o outro, se apercebe de seus erros e de uma forma simples, pede perdão a Jesus: “Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino.”.

Ouvimos esta Palavra em um culto em minha Igreja, na qual nosso pastor pregou-nos de nossa preocupação com o futuro. O primeiro malfeitor a falar, critica Jesus por ajudar a tantos e não a si mesmo e a ele. Na verdade, este queria ser livre daquela cruz, para continuar vivendo e, me atrevo a acrescentar, continuar sua vida de erros. O outro, reconhecendo em Jesus o filho de Deus, pede pela sua alma, quando vier o Reino. Em ambos os casos, eles se preocupam apenas com o futuro.  Mas Jesus não promete para o futuro. Ele promete para o presente. Em uma brincadeira de criança, dizíamos que o amanhã nunca chegaria, pois, quando este chegasse, seria hoje. As crianças são as pérolas de Jesus. Aos que são como elas, Jesus promete o Reino dos Céus. (Mt:18, 2-4). Jesus sabia que a criança é pura de coração. Nos dias de hoje, infelizmente, muitas são corrompidas pelos mais velhos, perdendo sua inocência, a marca que Jesus vê nas crianças e não nos adultos. Pensamos demasiadamente no futuro: dinheiro, poder, maledicências, enquanto as crianças, só pensam em ser crianças. Mas, e se Jesus retornar HOJE? Teríamos deixado o mais importante para amanhã? A referência de importância é confusa, mas apenas para os não crentes. Para nós, importante é servir a Deus, seguindo os ensinamentos de Jesus.

Mas, e se na verdade, a necessidade deste texto na Bíblia não for a mostrar-nos duas pessoas distintas, com desejos distintos, e sim, uma única pessoa, com o livre arbítrio de escolher um entre dois caminhos: o bom e o mal (Mt: 7, 13-14). Somos essa pessoa. Podemos ser salvos pela glória de Cristo, a partir de um pedido de perdão sincero e da mudança de atitude. Mas a tentação nos acerca, diariamente. Se até Jesus foi tentando por Satanás (Mt: 4, 1-11), o que dirá de nós?

No livro de Jô, o Senhor autoriza Satanás a tocar em tudo quanto Jô tivesse, apenas contra a alma deste não teria acesso (Jó:1,12). Ainda hoje, Satanás nos atenta, como fez com Jô. Ele não tem acesso a nossa alma, apenas se a damos. E muitos de nós abrimos espaço para que ele destrua o que Deus faz de bom em nós. Caímos em tentações diariamente, mas a bondade de Deus é tão grande que mesmo assim, Ele nos perdoa e nos recebe como filhos. (Hb: 12: 4-6; Lc: 11-32).

Diariamente queremos nos livrar de nossas cruzes. Pedimos a Deus que nos livre delas. Não assumimos a responsabilidade por nossos atos e, covardemente, blasfemamos, por vezes, renegando ao poder de Jesus, pondo-lhe a prova, como se tivemos capacidade para tanto. Satanás que é forte atentou contra Jesus e não venceu (Mt: 4, 1-11). Que dirá de nós, meros mortais.

Diariamente, somos os dois malfeitores. Por vezes cometemos pecados. Muitas vezes, blasfemamos contra Jesus pela mentira, ódio, egoísmo, tantos maus sentimentos. Em outras, nos arrependemos e pedimos o perdão a Jesus. Que Ele nos reconheça perante o Pai. Diariamente. Será que amanhã haverá tempo para isso?

As bênçãos de Jesus esteja com todos.

PÁSCOA

Estamos no período da Páscoa. Todos alegres reúnem-se com suas famílias para abrirem lindos ovos de chocolate. Muitas crianças ficam na expectativa, de ganhar não só o “presente da Páscoa”, mas também de que este venha com brinquedos dentro. Sim, porque a “moda” é ganhar os brinquedos que vêem dentro do pacote. Mas, de onde vem esta “tradição”? E, quantas destas crianças sabem a verdade da Páscoa?


Antigamente, em muitas culturas pagãs do mediterrâneo, entre elas os gregos e os romanos, havia o costume de presentear as pessoas com ovos comuns, pintados com motivos significativos, para celebrar a chegada da primavera. Era o desejo que a fertilidade adentrasse a casa de quem estava sendo presenteado. Alguns reis preferiam mandar fazer ovos de ouro, cravejados de pedras preciosas. Os pagãos cultuavam, entre outras, a deusa da primavera, Ostera, que em algumas de suas representações era vista como uma mulher, que observava um coelho saltando, enquanto segurava um ovo. Eis os dois símbolos: ovo e coelho, ambos significando fertilidade, vida nova. Da mesma forma, os judeus também consideram os ovos como símbolos de fertilidade, entretanto, não cultuam deuses, e sim, apenas o Deus Todo Poderoso de seus ancestrais.


Em 325 D.C., a Igreja Católica estava preocupada com o aumento dos fiéis e, no Concílio de Nicéia, incluiu esta tradição às cristãs, pintando os ovos com imagens de Jesus Cristo e de Maria, sua mãe, como forma de presentear no dia da Páscoa. Apenas na Idade Média, em meados do século XVIII, os franceses tiveram a idéia de fabricarem ovos de chocolate, em substituição aos originais pintados.


A palavra Páscoa, Peseach em hebraico, significa passagem da escravidão (morte) para a liberdade (vida) É uma comemoração muito antiga, celebrada pelos judeus bem antes da vinda de Jesus Cristo, em memória ao livramento dado por Deus aos hebreus que eram cativos no Egito (Êxodo 12). Neste dia, o da Páscoa, o povo hebreu comia apenas ervas amargas. Quando Jesus esteve entre nós, Ele também celebrou a Páscoa, como seus irmãos hebreus. Entretanto, na sua última ceia com os apóstolos, instituiu a Páscoa Cristã (I Cor 11: 24-26): a Santa Ceia. Nela celebrou sua própria vida, seu sofrimento e sua gloriosa ressurreição, dando-nos a si mesmo em pagamento a nossos pecados. O povo hebreu comemorava a libertação do Egito e nós, cristãos, celebramos a passagem da morte (pecado) para a vida (ressurreição em Cristo).


O chocolate é realmente delicioso. Poucos são os que podem dizer que não gostam dessa iguaria. Sem dúvida, a reunião em família e a alegria são importantes no relacionamento familiar. Mas não é o mais importante na Páscoa. A pessoa de Jesus Cristo, Isto sim, é o mais importante na Páscoa. Abra seus ovos de chocolate, mas não só eles. Abra, também, seu coração. Delicie-se não só com o chocolate, mas com a Palavra do Senhor. Divida o chocolate, sim, mas, jamais esqueça de dividir o amor que Jesus Cristo planta em nossos corações a cada dia. Reunia-se com sua família e alegre-se para a festa da Páscoa. Não a do Coelho, do Ovo, do comércio ou do paganismo, mas da RESSURREIÇÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Um bom presente? Leia a Palavra do Senhor.


Que o amor do Senhor cubra-te de bênçãos,